PRO CAUSA DE BEATIFICAÇÃO - PRO CAUSE DE BÉATIFICATION

Hospede particular

14 de Outubro de 2007 ficará a ser uma data importante para a Paróquia de Balasar.

Depois de celebrar no dia 13 de Outubro a festa litúrgica da Beata Alexandrina, a freguesia de Santa Eulália irá acolher os restos mortais do Padre Mariano Pinho, sacerdote Jesuíta que foi durante anos o “Paizinho” espiritual da “Doentinha de Balasar”.

« Nasceu ele no Porto a 16 de Janeiro de 1894. Entrou na Companhia de Jesus a 7 de Dezembro de 1910. Não sendo ainda sacer-dote, os superiores destinaram-no ao Brasil onde, no Colégio António Vieira, Baía, lec-cionou e fundou a revista Legionário das Missões.

Regressado a Portugal, em 1923, partiu pa-ra Innsbruck, na Áustria, onde estudou Teologia e graduando-se depois na Unive-rsidade de Comillas, Espanha.

Na sua Pátria foi notável conferencista, pregador e Promotor incansável das Con-gregações Marianas e Cruzada Eucarística, exercendo ao mesmo tempo o cargo de  Di-rector dos seus órgãos de comunicação.

Em 1931 teve o seu primeiro encontro com a Alexandrina Maria da Costa, a carismática de Balasar. No ano seguinte começou a di-recção espiritual, tendo-lhe o Senhor dito : “Obedece em tudo ao teu pai espiritual. Não foste tu que o escolheste ; fui eu que to man-dei”. Exerceu este cargo até 1942. »

E, não o exerceu por mais tempo porque, como explica o Padre Fernando Leite, também ele Jesuíta, « devido a uma série de calúnias e informações maldosas, a 1 de Outubro de 1942, o Padre Mariano Pinho recebe uma ordem terminante do seu Superior de cortar toda a relação com a Alexandrina “directa ou indirecta, pessoal ou escrita”. Com um intuito punitivo, foi mandado para um Seminário menor da Companhia de Jesus. O seu Superior assim escreveu à Santa Sé : “Sofreu, como os santos, as piores calúnias e tribulações, sem um lamento e sem quebra da sua alegria espiritual”. E o Cardeal Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, assim o qualificou : “Era um santo !”.

Para poder exercer doravante apostolado, em Fevereiro de 1946, voltou para o Brasil, onde continuou a sua actividade espiritual.

Faleceu no Recife a 11 de Julho de 1963. »

Tudo está já preparado para acolher os restos deste santo sacerdote que passou a vida a obrar pela salvação das almas, praticando à volta dele todo o bem que lhe era possível.

No cemitério de Balasar, não longe da igreja paroquial tinha sido construída, em seu tempo, uma bela capela destinada a acolher os restos mortais da Beata Alexandrina, que a ocupou por algum tempo, até que essas santas relíquias foram depositadas na igreja paroquial, em altar par isso dignamente preparado.

Desde então a dita capela ficou “desocupada” e o tempo passando começou a sofrer no seu interior de alguns danos provavelmente inerentes à humidade.

O pároco actual, o Sr Padre José Granja, sempre atento aos menores detalhes, tomou por isso a decisão de a mandar reparar e pintar.

Na abóbada desta capela estavam pintados diversos motivos representado, na sua maioria, alusivos à Eucaristia, o “grande amor” da Beata Alexandrina. Como o estado destes não era dos melhores, mandou-os igualmente reparar, dando assim à “Capela mortuária da Alexandrina” um ar de graça ou de festa, se de um cemitério assim posso falar.

Para aqui serão portanto transladados os restos do bom Padre Pinho até que um dia, se Deus quiser, possam também integrar à igreja paroquial e fazer como um pendente ao altar da nossa querida Alexandrina.

Oxalá que assim seja, quando for a hora de Deus.

Afonso Rocha        

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mariano.pinho@free.fr