Apresentação
“São grandes os desígnios de Deus sobre a sua alma. Ele será contado
no número dos meus Santos”.
Estas
palavras, dirigiu-as Jesus à Beata Alexandrina e nelas é visado o
Padre Mariano Pinho, seu Director espiritual.
Mas não
são únicas no género.
A 7 de
Junho de 1952, já o Padre Pinho se encontrava há muito exilado no
Brasil, Jesus vem de novo comunicar a “boa-nova” :
― « Diz
ao teu Paizinho (o Padre Mariano Pinho) que ele está todo absorvido
dentro do meu Coração divino.
É
nele que ele sofre, é nele que ele trabalha, é nele que ele vive.
Diz-lhe que as grandes imolações e as grandes crucifixões são
próprias dos santos.
Ele
será contado no número dos Meus eleitos.
Ele
há-de ser coroado com a auréola dos Santos. »
E como
se não chegasse este anúncio claro e preciso — Jesus sabe muito bem
que temos a cabeça dura ! — uma vez mais, no Dia de Todos os Santos
do mesmo ano, Ele confirma o que antes prometera :
― « Diz
ao teu Paizinho que os eleitos do Senhor o esperam.
Ele
será contado entre eles : como os meus Santos, ele será honrado na
terra ; como eles, subirá às honras dos altares. »
Não nos
compete – nem pretendemos – antecipar-nos a uma decisão que só a
Igreja pode tomar ; queremos apenas ajudar a provocar essa decisão
que nos parece consequente, quando se conhecem a vida e as obras do
bom Padre Mariano Pinho – jesuíta zeloso das coisas de Deus e um
extraordinário Mestre espiritual – e o que Jesus prometeu a seu
respeito.
Estamos
persuadidos de que os Jesuítas de Portugal e do Brasil não vão
tardar a mover céu e terra para que a causa do Padre Pinho seja
iniciada, sobretudo porque ainda vivem alguns confrades seus
contemporâneos e até seus dirigidos ou dirigidas, que poderão
testemunhar a grandeza de alma e da boa conduta daquele que “será
contado no número dos Santos” do Senhor. Quanto mais se esperar,
menos possibilidades haverá de encontrar essas testemunhas que,
melhor do que muitos outros, podem atestar que o Padre Mariano Pinho
era na verdade um santo Jesuíta.
Também
não ignoramos quanto já foi feito no Processo Informativo Diocesano
da Beata Alexandrina para ilibar o nome deste sacerdote a quem um
colega se referiu nestes termos:
Sofreu
como um santo as piores calúnias e tribulações sem um lamento nem
uma ruptura na sua alegria espiritual.
Portugal não pode esquecer que a Consagração do mundo ao Coração
imaculado de Maria — pedida por Jesus à Beata Alexan-drina — deve à
intervenção insistente, convicta e convincente do Padre Mariano
Pinho.
Unidos
em oração humilde mas insistente, façamos apelo à intercessão da
Beata Alexandrina e, num só coração, imploremos do Senhor a graça da
beatificação deste “mestre de grandes almas” (palavras de
Jesus) que foi um dócil e eficaz instrumento nas mãos de Deus, e
particularmente junto da figura gigantesca que é a Beata Alexandrina
de Balasar.
Por
mais que uma vez nas palavras de Jesus a Beata Alexandrina é evocada
em paralelo com Santa Margarida Maria Alacoque. Não virá o Padre
Mariano Pinho a ser o seu S. La Colombière ? |